terça-feira, setembro 30, 2008

Jogo

Telefonema. Olá. Trás aquele baralho de cartas para podermos jogar. Os dois. Levei uma caixa com vários jogos. E o lanche. Sacos de plástico. Sentei-me no sofá. Televisão ligada em volume baixo. Estavas a ler. Estou a meio. Marcador. Quando acabar de ler empresto-te. Ajeitaste as almofadas que abraçavas enquanto lias. Abri a caixa. Baralho. Jogamos vários. Fomos saltitando de jogo em jogo. Novas regras. Só nossas. Nunca tal tinha ouvido nessa regra. Eu jogo sempre assim. Sorriso maroto. Não se trata de batota. Apenas limar as regras confusas em mais fáceis. Acessíveis. Ainda vasculhamos a caixa e tentamos jogar outros. Mas já tinhamos um em ideia. BlackJack. A técnica é simples. Jogamos com fichas. Foi sempre a apostar. Fartámo-nos de rir. Da desmoralização de perder. Da alegria de ganhar. Fomos trocando de posição. Ora banca. Ora apostador. Fui perdendo várias vezes. Jogar e lanchar. Perder. Ganhar. Perder. Perder. Perder. Nunca me deixaste ganhar. Nunca te deixei perder. As horas passaram a correr. Nem pela janela com os cortinados abertos. Faltava pouco para a hora de jantar. Convite. Jantas cá. Vou por mais um lugar na minha pequena mesa.

Azar no jogo mas uma sorte imensa no amor.