quinta-feira, maio 31, 2007

Silêncio


Pego-te pela mão. Não dizes uma palavra. Confias em mim. Já sinto a falta da tua expressão quando não sabes para onde vais mas avanças. Sem medo. Com a tua camisola rosa. Comigo. Hoje preciso dos teus carinhos. Daquele beijo. Desse abraço. Deste cafuné. Muitos. Dás com ternura. Só tu sabes dar. Com carinho. Enquanto caminhamos lentamente pela relva. Chegamos. Ficamos parados a olhar para todo o lado como se fosse uma maravilha do Mundo. E é. Qualquer sitio onde estejas é um paraíso. Tiras as sandálias. Molhas os pés com cuidado. A água não está fria mas quando olhas para mim finges que está. Depois vais sorrindo até te rires. Acaricias-me a cara como nunca fizeste antes. Eu sorrio. Adoro. Sentamo-nos na ponta. Abraças-me e encostas a cabeça no meu ombro. Sinto-te a respirar calmamente. Como se não houvesse tempo. Ou existe está longe daqui. A tarde não chega. A noite também não. Mas os teus carinhos são infinitos. Deste afago. Desta carícia que só tu sabes fazer. Hoje não vamos para casa. Quero sempre mais ternuras e carinhos teus.

Mesmo sem dizeres nada, os teus carinhos são reconfortantes.