quinta-feira, janeiro 31, 2008

Perfume

Talvez. Sim. Aquele teu perfume que deixas no meu ar. Não existe. Em todo o lado que passes ele fica. Na roupa. Em tua casa. Na minha. Naquela tua camisola rosa. Quando sais do banho e a mistura das fragrâncias se confundem. Do champô. Não existe melhor perfume. Do creme para o corpo. Consigo me recordar de tudo cheirando-os. Adoro aquele teu perfume só teu. Mesmo sem qualquer uso de frascos, o da tua pele é único. Cheiras bem. Dos teus cabelos. Quando decidida contas umas gotas e aproximas ao pescoço. Escolhes com atenção. E saímos. Aquele pequeno rasto invisível aos olhos mas não ao nariz. Permanece horas. Nuvem sem algodão. Tal como no meu quarto. Ciência. Basta entrares. Mesmo depois de ires para casa aquele cheirinho da tua roupa de amaciador fica. Na colcha. Nas mantas. No ar. Durmo melhor sentindo-o. Sou como as crianças. Só durmo sentindo o teu perfume. Sinto-me contigo. Aconchego-me para o lado em que o sinto mais. E a minha manhã é perfumada com o teu perfume. Aquele só teu. Só o teu. Só aquele.

Não existe melhor perfume que o teu.