quarta-feira, agosto 23, 2006

Onda


Depois de ter mergulhado em mar profundo, encho os pulmões de ar. Fresco. Completos. Hoje foste à praia já a meio do pôr do sol. Bikini, sandálias. Chamo o vento para vir comigo. Agarro-me numa onda e navego até ti. Alma viajante. Irrequieta. Daqui ainda não te vejo mas anseio esse momento. Romântico. Tenho o Sol a iluminar-me o caminho. Infinito. Imagino como estarás. Linda como sempre. Continuo na viagem. Sempre em frente. Já te consigo ver. Amor. Estás sozinha na praia. Olhas para o mar como se fosse algo único. De valor. Quase a chegar a ti seguro-me também ao vento. A onda onde navegava desenrola na areia. Beijo-te os pés a medo. Com o vento abraço-te como nunca. Arrepias-te. Sou eu. Só eu.

No desanuviar das ondas chamo por ti e no mar te amo.

5 comentários:

Anónimo disse...

Nao sei comentar texto como os que tu escreves..deixas.m sem palavras.
Mas acho que tudo pode ser resumido a amar sem ontem, sem daqui a uns dias, sem tempo.

Anónimo disse...

Gostei muito do que li. Reconheço o teu talento. Continua assim tão original e tão autêntico. Sei que és precioso, não serias tu meu filho.

Beijinhos da mãe que te adora
Emília

Anónimo disse...

MORRO PELA VIDA

Deitada és uma ilha. E, raramente
surgem ilhas no mar tão alongado
com tão prometedores enseadas
Um só bosque no meio florescente

Promontórios a pique e de repente
na luz de duas gémeas madrugadas
o fulgor das colinas acordadas
o pasmo da malicia adolescente

Deitada és uma ilha. Que percorro
Descobrindo-lhe as zonas mais sombrias
Mas nem sabes se grito por socorro
Ou se te mostro só que me inibrias
Amiga, Amor, Amante, Amada eu morro
Pela vida que me dás todos os dias
(autor Zé Gomes)

Anónimo disse...

Que a felicidade não dependa do tempo, nem da sorte,
nem da paisagem, nem mesmo do dinheiro...

Que ela possa vir com toda simplicidade, de
dentro para fora, de cada um para todos.

Que as pessoas saibam falar, calar e acima de tudo ouvir.
Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo.
Que tenham um ideal e medo de perdê-lo.

E, principalmente, que amem ao próximo, para que
tenhamos a certeza de que viver vale a pena!

( Autor- Zé Gomes)

Anónimo disse...

A PROFUNDEZA DO SER

Desci às profundezas do meu eu...em busca duma luz,de algo que me incite a caminhar.Estou tão só.Arrasto-me.Triste.À muito que não me aflora um sorriso aos lábios.Amas-me eu sei.Sinto-o!Me envolves com o calor dos teus abraços, sussuras carícias sem esforço e fazes-me sentir bem.Tento fazer o mesmo, retribuir esse amor com que me idolatras mas não consigo...apercebo-me que estou incompleta.Vazia.Queria ser livre para amar sem limites,contagiar-te com a minha alegria tão natrual.Nata.Não consigo.Emolduro préviamente um sem fim de momentos e palavras, tão verdadeiros, tão reais, todos no timing certo mas...nem um músculo reage no momento da acção, algo me tolhe os movimentos...nada aflora aos meus sentidos.Estarei a ficar desprovida de amor?Não...São apenas as amarradas da trizteza.